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A COATER ACOMPANHA A COLHEITA DO PROJETO DA BATATA DOCE NOS ASSENTAMENTOS

21/11/2015

    A COATER (Cooperativa de Trabalho de Assessoria Técnica e Extensão Rural) a serviço do INCRA,  atende aproximadamente 4000 mil famílias assentadas em 45 projetos de assentamentos distribuídos em 16 municípios regionais no intuito de desenvolver os assentamentos com políticas públicas de créditos, compras institucionais e assistência técnica qualificada. Os assentados da reforma agrária são responsáveis por garantir a segurança alimentar da população urbana. Na região, por tradição, uma das principais atividades desenvolvidas no lote é a pecuária leiteira, juntamente com o cultivo de hortifrutis (perenes e anuais) para garantir a geração de renda mensal. Sendo assim a cultura da batata doce se faz como uma boa alternativa de diversificação da produção no lote, pois o plantio ocorre durante todo ano já que se adapta ao clima e solo da região, tendo seu ciclo precoce de 100 a 120 dias para colheita e com um manejo facilitado, a cultura não é exigente quanto aos tratos culturais, caracterizando assim, trabalho realmente exercido pela unidade familiar.

        “Desde da implantação do projeto da batata doce em 2014, sendo este parte da cadeia produtiva das olerícolas, a COATER através do Setor de Organizações tem como objetivo, promover o desenvolvimento familiar dos envolvidos através da geração de renda, incrementando melhorias tanto no nível econômico como no âmbito social, através da diversificação das atividades produtivas existentes na parcela agrícola e apresentado mais uma alternativa para geração de renda. Um dos princípios de se estar trabalhando em cadeias produtivas é o fortalecimento de grupos e associações, onde os mesmos estão se organizando e melhor administrando seus negócios” - analisa a coordenadora do Setor, Gilvânia Meira

  

 

  

 

Alguns assentamentos se destacaram com o binômio produtividade/qualidade, como foi o caso do PA Dois Irmãos (Murutinga do Sul) e Estrela da Ilha (Ilha Solteira) que seguiram à risca as orientações técnicas dos profissionais da COATER: engenheiros agrônomos e técnicos de desenvolvimento agrário. A COATER através do Setor de Comercialização buscou diversos canais para escoar a produção como supermercados, feiras livres e programas governamentais de políticas públicas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). Interessante também ressaltar que devido à produção regional, a batata doce foi adicionada ao cardápio de escolas, hospitais e penitenciárias através dos programas PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e PPAIS (Programa Paulista de Alimentação de Interesse Social). A venda direta do produto ao beneficiador envolveu grandes volumes , de 100 a 700 caixas de 24 Kg por colheita.

“Os beneficiários participantes do projeto da cadeia produtiva da batata doce estão muito satisfeitos com a evolução da cultura.  Em relação aos preços, a Empresa Silvanei Batatas, de Marinópolis-SP pagou por caixa do valor de 14 reais na segunda colheita (outubro e novembro).  Demonstra ser uma atividade rentável com retorno de investimento aproximado de 50%. De fato ocorreu um fortalecimento do trabalho familiar na parcela agrícola, bem como uma maior aproximação entre os produtores, auxiliando um ao outro nas atividades com maior demanda de mão-de-obra, fabricando os implementos utilizados no manejo da batata doce, além da troca de informações técnicas e auxílio na obtenção de mudas(ramas) com beneficiários de outros projetos de assentamentos.’- concluiu o Eng. Agrônomo, Renan Guedes

FONTE: JORNAL O FOCO - EDIÇÃO DE 17/11/2015 - JORNALISTA JOSÉ CARLOS BOSSOLAN